Somos Atleticanos

Somos Atleticanos

 

Desde pequeno sou atleticano. Desde novo sou atleticano. Desde muito tempo sou atleticano. Assim mesmo, sem vírgula, sem ponto, sem interrogação.

Sou atleticano desde os tempos de Mussula, goleiro: Grapete, zagueiro; Vanderlei, volante; Laci, centroavante e Tião, o cavadinha de ouro, o ponta esquerda.

A gente saía do bairro, pegava a lotação e ia ao campo do atlético em Lourdes para ver treino do Galo. Na verdade, saíamos às 4h30 da manhã para ver programa de rádio ao vivo na Inconfidência. Um dia era o Caxangá e sua Gente, noutro era Delmário, o Espetáculo. Depois a gente subia a Olegário Maciel com destino ao campo do atlético.

Ser atleticano não é uma expressão idiomática, não são palavras jogadas ao vento. Aliás nem é bom pedir nossa opinião sobre o vento.

Ser atleticano é torcer com a alma, com o coração. É mostrar vivamente a sua predileção pelo time do coração. A gente quer resultado, mas se o resultado não vier, segue-se a vida.

Muita gente sofre no futebol, porque não entendeu o verdadeiro papel do torcedor, não entendeu o verdadeiro significado dessa palavra.

O atleticano vive intensamente essa magia de torcer. A alegria do atleticano é estar na vida do time. É participar da vida do time. E quer saber, se o jogador ganha muito ou pouco, essa é outra discussão; se o time tá devendo o “olho da cara”, o problema é da gestão; e se ficar 40 e tantos anos sem vencer o brasileirão, pouco importa.

O atleticano quer ser, quer se realizar como torcedor. Quer ir ao campo e cantar até arrebentar a garganta; quer viajar com o time para dar força, para dizer aos jogadores: corram, porque o Galo está aqui. A alma do time está aqui. O décimo segundo jogador está aqui. Inteiro ou quebrado. Sempre otimista. Vai dar Galo.

Na verdade, dizer: sou atleticano soa egoísmo. Devo dizer: somos atleticanos. Atleticanos somos nós, sem vírgula, nem nada.

 

Por: Professor Samuel Ferreira

@galosalvador

O Voo do Galo

voo do Galo

Na campanha de aproximar o sócio torcedor do GALO,a direção do GALO sorteou para sócios do GALO NA VEIA a grande oportunidade em viajar com o GALO para o jogo da Libertadores da América entre Sport Boys da Bolívia X GALOO no dia 03/05/17 na cidade de Cruz de La Sierra, na Bolívia.

Aqui temos a emocionante descrição de um GALO DOIDO sortudo que viajou nesta aventura:

“O VOO DO GALO”

Pensem num sonho! Imaginem que ao acordar, a oportunidade de você realizar sonho, bateu em sua porta. Ou melhor, caiu em sua caixa de entrada do SMS. Pois é! Foi assim para abnegados e Sortudos 23 Atleticanos! Uma viagem, no mesmo avião e hotel que os jogadores e delegação, para assistir um jogo da Libertadores. Nem vou me arriscar a contar como foi a viagem, pois daria um livro.

 

“Vou tentar apenas sintetizar pra vocês, nossa experiência em viajar e conviver com toda a delegação por dois dias…”

  • O ambiente entre os jogadores está ótimo.

Claro que existem aqueles que são mais entrosados com uns do que com outros, mas no geral, todos se respeitam e todos são amigos. Parceiros. Não há, portanto, racha no grupo de jogadores. A imprensa vive de especulações. Alguns repórteres vinham perguntar pra gente sobre o time.

  • O Rocha é uma liderança dentro do grupo, assim como vários outros.

Fred é o mais descontraído de todos, em todos os momentos que passamos juntos, quer seja no aeroporto, no hotel ou no campo. Robinho também é muito brincalhão, mas o Fred é “Pai” né?

  • Léo Silva não é Capitão somente dentro de campo.

Talvez o seja até mais, fora de campo. Todos o respeitam muito. Mas o cara é viciado em joguinhos. Hahahahahahaha….

  • O episódio do Rocha mexeu com todos do clube.

Nepomuceno assumiu a responsabilidade dos erros em não ter coibido tais atitudes com mais ação, pois, segundo depoimento do Rocha pra mim, os jogadores sabiam que teria a manifestação, sabiam que seria “punk”, avisaram a direção e mesmo assim, só havia dois policiais na porta do CT.

O bicho pegou lá dentro e os jogadores foram tomar satisfação com a Diretoria. O carro do Rocha será bancado pelo Nepomuceno, mas Rocha, Fred e principalmente Léo, ficaram muito tristes com tudo o que houve.

Não conseguem até hoje, entender os motivos que levaram àquele tipo de atitude e estão chateados com esta turma, mas consideram que foi uma minoria. A expressiva manifestação da MASSA em todas as redes sociais, criticando essas ações e apoiando o time, serviu para que tudo isso fosse superado.

“Página virada, episódio superado por toda equipe. Bola para frente!!!”

 

  • A infra do Galo é de tirar o chapéu! Vou te contar.

Nada escapa e eles controlam tudo. Os jogadores têm hora pra tudo e nem se arriscam a fazer nada diferente. Quando eles passavam no hall do hotel e a gente estava tomando umas, eles nem passavam perto. Se a gente estava só batendo papo, os caras paravam, conversavam na boa, contavam casos, tiravam selfs e davam autógrafos. O risco de ter uma foto ou filmagem deles perto de uma garrafa de cerveja era controlado de longe.

  • O Roger conseguiu fazer com que o time “captasse” seu esquema.

Tanto assim que o jogo contra o Sport Boys, independentemente de ser o adversário que foi, mostrou que os jogadores sabem exatamente sua função no campo e como agir nos momentos mais diversos. Se ataca, como se postar. Se defende também. E se contra ataca, quem deve subir. Perdemos contra ataques no jogo, por falhas individuais. Mas as jogadas estavam todas desenhadas.

  • Quando os caras saem da preleção, parece que pode acabar o mundo em volta deles, que eles nem se manifestam. Muito doido isso.

 

  •  Nosso time parece de fato, ter se encaixado no esquema do Roger.

Sentimos, todos nós que estávamos lá, que parece ter tido um certo alívio por parte dos jogadores em assumir que eles não tinham conseguido se adaptar antes, mas que agora as coisas parecem fluir com muito mais naturalidade durante o jogo. Assumem também, que ainda faltam alguns ajustes, mas que o time agora irá começar a render bem mais do que vinha.

Tem muito mais coisas que seriam legais de contar, mas acaba cansando a turma e virando um “causo”! Melhor contar certos detalhes numa boa prosa, tomando umas.

Ou, escrever depois uma segunda parte desta nossa experiência, que gostaria que todos os Atleticanos tivessem oportunidade de fazer, ao menos uma vez na vida. Eu quero pelo menos mais uma, mas se virasse rotina, acho que iria a todas (e à falência também! Rsrs)

Mas antes de terminar, vou deixar aqui uma “pulguinha atrás da orelha” pra vocês.

Desculpem se fui muito extenso.

Abraços e Saudações Alvinegras a todos os Consulados espalhados mundo afora!

Aqui é e sempre será GALO!

 

Por Silas Gouveia

silas