CAIU A FICHA

Caiu a ficha 

Pronto, caiu a ficha. É, agora mesmo, acabou de cair.

TrileGalo

Estava ingênuo e inocente no site do jornal Estado de Minas, olhando as notícias como faço todos os dias. Queria ver especialmente as notícias de esportes, porque ontem à noite vi os gols do jogo entre Galo e URT, e fiquei empolgado com a vitória alvinegra.

 Entrei na página do Campeonato Mineiro e vi que o Galo está em sexto lugar, com possibilidades de se tornar terceiro se ganhar o próximo jogo. O fato de a URT estar na lanterna do campeonato não foi muito encorajador, tanto quanto os comentários dizendo que o jogo foi muito ruim.

 

 

Fui então para a página da Copa do Brasil, e fiquei orgulhoso ao ver que o Atlético é um dos que já se classificou no primeiro jogo, goleando por 3 x 0 e despachando o adversário. O fato de o adversário ter sido o H. Aichinger, que está na terceira divisão do Brasileiro (pelo menos está na primeira do Catarinense, UFA!), tampouco trouxe empolgação, mas a esperança continua viva.

 Foi então que aconteceu. Como de costume, só de curiosidade, porque ainda nem começou, cliquei sobre o link “Brasileirão 2006”. A tabela com os times apareceu. Demorei alguns segundos pra assimilar. Procurava o nome “Atlético-MG”, mas ele não estava lá. “Mas deve haver algum erro, pensei instintivamente”.

 Um “clic” aconteceu dentro da minha cabeça. Levei as mãos à testa e exclamei: “NOSSA SENHORA”! Não havia ninguém na sala pra me dar apoio. Não havia ninguém pra me dizer que era tudo mentira ou pra me dizer palavras de conforto. Se estivesse num pesadelo, esse seria o momento em que acordaria, mas não acordei.

 Hesitei algumas vezes antes de levar mão ao mouse e arrastar o cursor com certa dificuldade até o link “Série B 2006”. Cliquei. Tudo se confirmou. Meus olhos localizaram instantaneamente o nome “Atlético-MG”, em segundo lugar na lista, entre “América-RN” e “Avaí-SC”.

 

 Não há como negar, o time mereceu. Mas não consigo deixar de me sentir mal ao pensar isso. O time e a administração do clube mereceram, mas a torcida não mereceu. Talvez eu como torcedor tenha merecido, pois apesar de jamais querer que o time caísse, fui um carrasco, criticando “ferrenhamente” o time nos últimos 2 anos.

 Toda essa indignação tinha embasamento, era a revolta misturada com cansaço. Não agüentava mais ver o Galo nesse declínio. O torcedor fanático em mim queria que o sofrimento acabasse, queria que chegasse ao fim, não tinha mais forças para torcer pra um time que no final só desapontava. Transformei o sofrimento em ódio e me voltei contra a causa desse ódio.

 “Estou só sendo realista”, era o que eu dizia. Sim, fui realista, e a realidade se cumpriu. Eu estava certo.

 Por mais que consiga racionalizar e pensar que a Segunda Divisão será uma escola para o Galo, que no final das contas toda essa experiência bizarra trará à torcida muito mais alegrias que tristezas, não consigo me afastar do sofrimento. Achava que não ia doer, mas dói. O desejo de ódio se cumpriu, mas o sofrimento ficou. Posso enganar a todos, mas não a mim mesmo, o Atleticano está mais vivo do que nunca, e não vai desistir.

 Mas por hoje, sofro.

 

  Trilegalo_2

@TrileGALO

@ConsuladosDoGalo

 

 

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